quinta-feira, 5 de março de 2015

Oriente Médio

LOCALIZAÇÃO  - Onde fica localizado o Oriente Médio e quais são os países que o constitui? 

O Oriente Médio está localizado no Oeste da Ásia. Ele corresponde a região que se estende do Leste do Mar Mediterrâneo até o Golfo Pérsico. Sua localização é especial por dois motivos. Primeiro, porque fica na confluência de três continentes - Ásia, Europa e África. E em segundo lugar, a localização tem particular importância porque os maiores produtores mundiais de petróleo ficam nessa região, principalmente no Golfo Pérsico. Comparada com o resto do continente, é uma região geograficamente pequena. Não há fronteiras precisas. Considera-se atualmente Oriente Médio toda a região que vai da Turquia, a oeste, até o Afeganistão,a leste, tendo como centro a parte asiática do Egito (país predominantemente africano), Israel, Jordânia, Síria, Líbano, Iraque, Irã e os países da península Arábica: Arábia Saudita, Kuwait, Iêmen, Omã, Bahrein, Catar e Emirados Árabes Unidos.

RELIGIÕES - Conheça agora as religiões que são seguidas pela população do Oriente Médio 

O Oriente Médio possui três principais religiões monoteístas, ou seja, crença na existência de um único Deus, tais são elas: O Islamismo, o Cristianismo e o Judaísmo. 




Islamismo: Domo da Rocha, em Jerusalém, é o terceiro local mais importante no Islamismo, de onde Maomé subiu aos céus.







Cristianismo:Igreja do Santo Sepulcro, localizada em Jerusalém, assinala o local tradicional da crucificação, do enterro e da ressurreição de Jesus Cristo.








Judaísmo: Para os judeus, o Muro das Lamentações, parte do Segundo Templo, localizado na cidade de Jerusalém, é o local mais sagrados de todos.


CONFLITOS ÁRABE-ISRAELENSE


O conflite Árabe-Israelense é um longo conflito na região do Oriente Médio, que ocorre desde o final do século XIX, com a reivindicação de direitos sobre a área da Palestina por parte de judeus e árabes. Este conflito resultou no início de, ao menos, cinco grandes guerras, um número significativo de conflitos armados e duas Intifadas (levantamentos populares).

O MOTIVO

O conflito Árabe-Israelense tem diferentes motivos, sendo que o principal deles é a reivindicação de direitos sobre o território da Palestina por parte de israelenses e palestinos que, segundo cada um destes povos, possuem direio milenar sobre a região. Outros motivos referem-se á cultura e á imposição de valores ocidentais ás tradições orientais, a questão econômica, que diz respeito ao desejo das potências capitalistas de estabelecerem um ponto estratégico na rica região petrolífera (a mais rica  região petrolífera do planeta) e o fator político.

COMO SE DEU INÍCIO?

 O Império Romano dominou essa área e, ao eliminar várias rebeliões judaicas, destruiu o templo judaico em Jerusalém,matou uma grande quantidade de judeus e forçou outros a deixarem a sua terra - êxodo denominado diáspora. Nessa ocasião, o Império Romano mudou o nome da região de Terra de Israel para Palestina. Alguns judeus permaneceram na região, outros só retornaram nos séculos XIX e XX. No século VII, a Palestina foi invadida pelos árabes muçulmanos.
Após a derrota do Império Otomano na 1ª Guerra Mundial, a Palestina ficou sob o domínio dos ingleses, que se comprometeram a ajudar na construção de um estado livre e independente para os judeus. Os britânicos permitiram que os judeus comprassem terras na Palestina, e essa maciça migração recebeu o nome de Sionismo, fazendo referência á Colina de Sion, em Jerusalém.
Em 1947, a recém-criada ONU, estabeleceu a divisão do território palestino entre judeus (ocupariam 57% das terras com seus 700 mil habitantes) e palestinos, que ocuparia o restante do território. O Estado de Israel foi proclamado no ano seguinte.
Insatisfeitos, a Liga Árabe (Egito, Líbano, Jordânia, Síria e Iraque) invadiu Israel, em 1948, com o objetivo de reconquistar o território, iniciando a Guerra de Independência. Os israelenses saíram vitoriosos e aumentaram a ocupação da área para 75%. Nesse mesmo período, o Egito assumiu o controle da Faixa de Gaza e a Jordânia criou a Cisjordânia.
Após a Guerra de 48, ainda vieram vários outros conflitos, como a Guerra de 1956, a de 1967, a guerra de 1968-1970, a de 1973 e a guerra de 1982, além de diversos outros conflitos armados e Intifadas.

IRÃ E O ENRIQUECIMENTO DE URÂNIO

O programa nuclear do irã foi lançado na década de 1950, com a ajuda dos Estados Unidos, como parte do programa Átomos para a Paz.
O Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, que proíbe o desenvolvimento de armas, mas garante por lei o direito de dominar a tecnologia nuclear para fins pacíficos.
Até a Revolução Islâmica de 1979, o governo dos Estados Unidos apoiou os planos do Irã de ter acesso á tecnologia nuclear para fins pacíficos. No governo de Gerald Ford, os Estados Unidos apoiaram a intenção do Xá Reza Pahlavi no sentido de iniciar o programa nuclear iraniano, com assistência técnica norte-americana. Na época, o Chefe de Gabinete da Casa Branca era Dick Cheney, e o Secretário da Defesa era Donald Rumsfeld, que também participaram das negociações. Ambos serviram posteriormente ao Governo Bush, período em que a controvérsia sobre o programa nuclear iraniano atingiu o seu ponto mais tenso, e o Irã chegou chegou a ser considerador como o próximo alvo, depois da invasão do Iraque.
Após a Revolução, o governo do Irã abandonou temporariamente o programa,mas acabou por voltar a lançá-lo embora com menor assistência ocidental. O programa actual, administrado pela Organização de Energia Atômica do Irã, inclui diversos centros de pesquisa, uma mina de urânia, um reactor nuclear e instalações de processamento de urânio que incluem uma central de enriquecimento.
A primeira usina nuclear, Bushehr I, deveria ter começado a operar em 2009, mas isso não ocorreu. Também não há previsão para completar o reator de Bushehr II, embora seja prevista a construção de 19 usinas nucleares.

TERRORISMO NO ORIENTE MÉDIO 

" O conflito palestino-israelense terminou desde o momento em que Israel aceitou o estabelecimento de um Estado palestino. O que existe agora é um conflite entre o terrorismo e o antiterrorismo."
Na atualidade, o termo terrorismo não possui uma conceituação fixa e definida, sendo em geral utilizado por grupos de poder para justificar determinadas ações de suas partes de forma propagandística e condenatória. Contraditoriamente, tais ações - apesar de legitimadas por forças hegemônicas - assemelham-se tanto na utilização de formas violentas como na eliminação de alvos específicos á própria ideia de terrorismo, sendo gerada aí a subversão na percepção de tal conceito. Um dos principais conflitos da atualidade é também uma demonstração pontual do acolhimento de certas ações, se vindas de uma nação politicamente interessante, e a maledicência das mesmas, caso vindas de outra considerada hostil, sendo esse o conflito entre israelenses e palestinos.
Criada em 1931 a partir da cisão da Haganá, a Irgun foi uma organização tida como terrorista conhecida por ter arranjado imigrações clandestinas de judeus na Palestina, assim como atentados contra civis árabes e lutas contra a presença britânica na região. Para tal organização a classificação de terrorista partir das mesmas autoridades britânicas, elas próprias responsáveis por divulgas a Declaração de Balfour - concedendo aos judeus direitos políticos como nação - e então responsáveis pela região da Palestina. A OLP - Organização para a Libertação da Palestina - é uma organização política e paramilitar considerada por diversas nações ocidentais como terrorista, utilizando-se de guerrilha para atacar Israel. Apesar de ambas as organizações estarem baseadas em princípios históricos e culturais para praticar seus atos de agressão á humanidade, existem dois fatores que fazem divergir o entendimento dessas como semelhantes: a grande maioria da Irgun foi incorporada ao exército regular de Israel e seus antigos membros integraram grande parte entre os fundadores do partido Herut - matriz do atual Likud, partido de direita israelense.
Em 1947 foi aprovada a resolução 181 da AGNU - Assembleia Geral das Nações Unidas - planejando a divisão da Palestina para a criação de um Estado judaico, Israel. Tal resolução tinha como pretexto solucionar a problemática dos refugiados da 2ª Guerra Mundial, todavia acabou por gerar um estado alienígena, fonte de impasses ainda mais gritantes na região do Oriente Médio. O movimento de expansão de Israel advém quase como uma consequência óbvia de sua vitória na guerra árabe-israelense em 1949, assim como na Guerra dos Seis Dias em 1967, sem que fosse colocada em dúvida a verdadeira motivação da mobilização de ambas as populações contra seus oponentes e suas demais implicações.
Em 21 de Julho de 1977, Menachem Begin, ex-líder da Irgun e mandatário do atentado á bomba no hotel King David em Jerusalém, tornava-se o sexto primeiro ministro de Israel. Em 1978 o mesmo receberia o prêmio Nobel da Paz, quatro anos antes de determinar a invasão israelita ao sul do Líbano, dando início a participação da última na Guerra Civil Libanesa. Da parte palestina ocorrem as chamadas Intifadas, a primeira em 1987, cujo fim se dá apenas em 1993, com a assinatura dos Acordos de Oslo - proposição da devolução dos territórios ocupados em 1967 e retirada israelense de boa parte dos centros urbanos palestinos em Gaza e Cisjordânia - e a segunda em 2000.
Assim, o conflite entre os Estados Israel e Palestina ocorre com convencimento da própria população de um da existência de um perigo iminente que deve ser eliminado - existente, contudo apenas agravado com tal juízo descomedido - e de outro a pregação de uma autodeterminação destrutiva. Entretanto, apenas é percebido como perturbador o último item, não sendo considerado terrorista, mais uma vez, a visão da nação vencedora.



GEOPOLÍTICA DA ÁGUA NO ORIENTE MÉDIO  - A importância  geopolítica da água no Oriente Médio vem alcançando elevadas dimensões ao longo das últimas décadas.

O oriente médio é o que possui a menor quantidade de água potável disponível para consumo doméstico e para atividades industriais e agrárias. Em razão disso, esse recurso natural é um dos principais conflitos da região. 
Essa região conta com 5% da população mundial, mas apenas 1% das reservas de água no planeta.
Na verdade, várias disputas foram travadas na região do Oriente Médio, tendo como base o acesso a recursos hídricos, a citar o tão conhecido embate entre judeus e árabes.
Apesar de outros fatores geopolíticos também estarem envolvidos, como a posse por território e o conflito entre diferentes troncos étnico-religiosos, a água é um dos principais elementos em disputa. Nesse contexto, estiveram em disputa o acesso e o controle do curso do Rio Jordão, dos lençóis freáticos da Cisjordânia e do Mar da Galileia. Outro foco de tensão envolve a Turquia, a Síria e o Iraque quanto ao uso dos rios Tigre e Eufrates, que nascem na cidade de Anatólia - território turbo - e deságuam no Golfo Pérsico. Esses dois cursos d'água são extremamente importantes para o abastecimento desses países. No entanto, como a Turquia dispõe do uso e do controle da montante dos rios (isto é, dos locais onde eles surgem), isso pode afetas as outras duas nações.
Na década de 1990, quando a Turquia represou parte do leito dos rios para construir a Usina de Ataturk, enfrentou muitos protestos e até ameaças de invasão por parte da Síria e do Iraque. 
Uma estratégia recentemente desenvolvida vem sendo adotada na região, com destaque para Israel, que desenvolveu a maior usina de dessalinização do mundo. Ela consiste, basicamente, em retirar a água do mar e transformá-la em água potável, própria para consumo. 
Diante desses fatos, evidencia-se o caráter geopolítico da água que, mais do que um simples recurso natural, é é um dos mais cobiçados elementos territoriais em todo o mundo.


OPEP - Organização dos Países Exportadores de Petróleo

O que é a OPEP?

A OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) é uma organização internacional formada por países que são grandes produtores de petróleo. A OPEP foi fundada em 14 de setembro de 1960 e possui sua sede na cidade de Viena (Áustria).

OBJETIVOS DA OPEP:
  •  Estabelecer uma política petrolífera comum a todos os grandes produtores de petróleo do mundo (países membros);
  • Definir estratégias de produção;
  • Controlar preços de venda de petróleo no mercado mundial;
  • Analisar e gerar conhecimentos para os países membros sobre o mercado de petróleo mundial;
  • Controlar volume de produção de petróleo da organização.
PAÍSES QUE FAZEM PARTE DA ORGANIZAÇÃO:
  • Do Oriente Médio: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, Kuwait e Qatar.
  • Da África: Angola, Argélia, Líbia e Nigéria.
  • Da América do Sul: Equador e Venezuela.

E O BRASIL NA OPEP?
Muitos especialistas em petróleo defendem a entrada do Brasil na OPEP, após a descoberta de petróleo na camada pré-sal na Bacia de Santos. Esta descoberta gerou um significativo aumento das reservas de petróleo do país. Embora não seja um grande exportador, o Brasil já está entre os 10 países com maiores reservas de petróleo do mundo.

CURIOSIDADES:
  • Atualmente, os países membros da OPEP possuem cerca de 75% das reservas mundiais de petróleo.
  • A Rússia é o maior produtor de petróleo do mundo com cerca de 10 milhões de barris por dia (dados de 2011).
Trabalho realizado pelos alunos: Delysnara Medeiros, Victória Ricartes e Gerson Airton
Com auxílio do professor Gilvano Bronzoni     - Geografia   3º E 



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